Vida semi-eremítica

ATENÇÃO:  CONFORME AS NOVAS NORMAS DE SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO, EM 2018, MONGE E MONJA SÃO NOMES DADOS APENAS A RELIGIOSOS DE CLAUSURA PAPAL NA VIDA CENOBÍTICA, RATIFICO QUE NOS ARTIGOS QUE SE REFEREM A EREMITAS COMO MONGES, FAVOR DESCONSIDERAR, EREMITAS SÃO RELIGIOSOS DIOCESANOS, OU APENAS EREMITAS SE FOREM AUTÔNOMOS OU COM VÍNCULOS A MOSTEIROS.

Não se pode viver com mais um irmão e ser eremita?

Sim, mas já se trata de um de um eremitismo monástico (quase não se tem no eremitismo diocesano). 
Apesar de poucos momentos em comunidade, esse regime já faz parte espiritualmente da vida eremítica, pois se vive mais em solidão com Deus do que com as criaturas. 

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Um pouco de contexto histórico
 O que são as Lauras ?

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(Uma Antiga Laura no Oriente)
Nas comunidades Orientais Igrejas ortodoxas e Laura (em Grego: Λαύρα; cirílico: Лавра) Igreja originalmente significava  uma colônia de celas para eremitas cavernas, com sua própria capela para aos domingos terem a celebração da missa e,por vezes, Um Refeitório.  Palavra de origem grega  significa “Passagem“, “corretor” ou “avenida” por Serem como geralmente celas alinhadas.”Fonte: WIKIPEDIA)
Foram as lauras que deram origem a vida semi – eremítica, sendo que hoje estão organizadas e estruturadas de acordo com o Direito Próprio e carisma de cada Ordem. A diferença maior entre as lauras e o semi – eremitismo de hoje esta na regra comum. Nas lauras os eremitas eram autônomos, mas se reuniam para rezar e para a missa. Na vida semi – eremítica profesam uma regra comum.

        Características gerais da vida semi – eremítica:
 
 
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* Um horário comum para todos.
* Mais de uma classe de monges (as) sendo que uns ajudam nas dependências do mosteiro (chamam-se : irmãos leigos ou conversos), enquanto outra classe de monges mantêm mais a guarda da cela e reclusão (Padres ** na ala masculina os sacerdotes são mais recolhidos **, anacoretas, eremitas, reclusos, de coro ou do claustro).
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(Um monge converso Cartuxo)
 
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(Um monge do Claustro Cartuxo )
 
* Há mais de dois encontros comunitários por dia, sendo que um deles é sempre a Santa Missa.
* Vida mais de cela, do que na vida cenobítica: trabalhos (Padres, reclusos, ou monjes de coro), refeições e orações, feitas na cela (todos). 
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(Monja de Belém trabalhando na cela)
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                 (Uma jovem em experiência, se alimentando na cela – Cartuxa)
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(um monge cartuxo se alimentando na cela)

* Já não há recreios diários.
* Um dia Cenobítico aos Domingos e Solenidades: rezam-se todas as horas em comum, come-se no refeitório, e há um longo recreio. 
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           (Eremitas Eucarísticos do Pai Celestial, em recreação)

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                         (Monjas no Refeitório – Domingos ou Solenidades – Cartuxa)

Se há uma categoria de monges reclusos, estes só vão para os atos comunitários nas grandes solenidades, algumas constituições dão liberdade para reclusão perpétua, geralmente após alguns anos de votos solenes-perpétuos. Ex. Camaldulenses.
* Vida de Clausura.
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(Recluso Camaldulense)
Esses elementos são denominadores comuns, mas pode haver diferenciação de um ou outro Instituto dependendo do Direito Próprio.
Os eremitas que vivem em vida semi – eremítica, tem uma vocação específica de viver solitários sob uma regra comum. Estão sob obediência de seus superiores. 

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