Aproximação a uma regra de vida

  ATENÇÃO:  CONFORME AS NOVAS NORMAS DE SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO, EM 2018, MONGE E MONJA SÃO NOMES DADOS APENAS A RELIGIOSOS DE CLAUSURA PAPAL NA VIDA CENOBÍTICA, RATIFICO QUE NOS ARTIGOS QUE SE REFEREM A EREMITAS COMO MONGES, FAVOR DESCONSIDERAR, EREMITAS SÃO RELIGIOSOS DIOCESANOS, OU APENAS EREMITAS SE FOREM AUTÔNOMOS OU COM VÍNCULOS A MOSTEIROS.

    Acredito que essa postagem não reflita exatamente o que poderia ser a regra de vida de um (a) eremita, mas pode servir como pontos de reflexão que poderão se tornar luminosos para desenvolver ou melhorar uma regra já escrita.

    O presente texto me parece sair de alguns apontamentos pessoais de um eremita ou de um Diretor Espiritual que consegue penetrar nos fundamentos da perfeição eremítica, se trata de alguém já formado na vida consagrada e com experiência. Não há contemplações sobre a solidão em si e tampouco explicações pautadas de um possível cotidiano com horários e costumes de um eremita.

     Faz bem ter em mente que o eremita é um consagrado Católico e a ele convêm todos os elementos das virtudes cristãs.

     É difícil esboçar o conteúdo de uma regra, pois “a regra eremítica é pessoal e intransferível” (Hermano Victor de São José, Eremita). Cada eremita tem uma realidade, um diretor espiritual, um Bispo (totalmente diferentes uns dos outros tanto que ora fazem questão de um eremitério na sua diocese, ora não fazem caso algum, e ora também estão indecisos e pouco seguros de como agir), uma fonte de renda, e isso faz com que a vida eremítica se torne totalmente heterogênea. Enfim, não há uniformidade total na vida eremítica, o denominador comum é a solidão.

     O melhor modo de desenvolver o conteúdo é compor uma regra de teor mediano, que não seja minuciosa demais (lembrando que os Bispos são ocupados e quanto maior a regra mais vai demorar na apreciação final dela) e tampouco vazia (que “deixe a desejar” e fique subjetivo no inconsciente aquela dúvida de: – Afinal o que se fará ‘no tal eremitério’).

     Outro modo de iniciar é “inculturar- se” mentalmente com a diocese. Se sua diocese não tem nenhum eremita, nenhum mosteiro contemplativo, e não se ouve sequer um comentário do Bispo em relação a uma vida contemplativa, pode ser que o espírito da diocese seja mais ativo e missionário e podemos forjar na imaginação que provavelmente seu eremitismo será assim. Um fator que pode complicar é a diocese com um número elevado de eremitas, há dioceses com oito… E talvez eles não queiram chegar a 10, 15… basta os que já estão. Enfim deve- se considerar todos os riscos, se sua regra, por exemplo, não for aprovada o problema pode não ser a regra em si, mas sim o Bispo que não quer eremitas, e sim outro modo de expressão na vida consagrada.

     Se você fala com o Bispo muitas vezes, a regra não precisa ser muito contextualizada, ele já tem noção de como você vive. Se você fala raramente com ele a regra precisa ser mais contextualizada, pois se quase não se tem contato com o Bispo a regra irá falar por você de seus objetivos e do seu eremitério.

Para soluções de problemas ver a postagem:Eremitismo, perguntas e respostas. E para mais inspirações ver as postagem:Regra de vida e Regra para eremitas.

Iniciemos o texto do Autor:

Aproximação a uma regra de vida

 Autores: Equipe do Hesíquia blog (atualmente esse blog está desativado)

Tradução: Ir. Gema

(Os comentários que acrescentei para tornar o texto mais compreensível estão em itálico.)

Ascese corporal

* Sobriedade- (Ser constante, evitar zombarias, brincadeirinhas a cada fala, ter uma meta e objetivo na vida espiritual, ser maduro na vida espiritual, a falta do esforço em tudo isso consiste na falta de sobriedade e atenção na vida espiritual).

*Jejum dos sentidos

Castidade: Deve ser total e absoluta. Do corpo, dos olhares, das palavras e dos pensamentos.

Austeridade: Ser austero na alimentação, no descanso, na higiene e na recreação (a recreação de um eremita pode ser um passeio no jardim, nas redondezas, uma visita familiar, etc.)

Pobreza: Não possuir nada (sem exata necessidade). Nunca comprar nada (evitar compras fúteis e se possível viver de doação). Fazer do “não ter nada”  seu único bem.

Apatéia- (estar indiferente ao que ocorre no mundo, que nada tire sua paz interior. Ter preocupação apenas com seus pecados e com seu aperfeiçoamento.)

Jejum da mente:

Verdade: Jamais faltar a verdade, nem nas palavras nem nos gestos ou atitudes.

Não agir segundo a sua conveniência e sim fazer tudo por Deus. Não especular (o passado, o presente e o futuro. Viver o hoje).

Mansidão: Aceitar tudo como vindo de Deus. Não enfadar-se. Não queixar-se, não compadecer-se de si mesmo.

Humildade: Não buscar destacar- se em nada. Permanecer em silêncio. Servir aos demais como ao mesmo Deus.

A Vida Espiritual

Hesyquia- Silêncio interior profundo, paz no coração. (Esse era um grande um grande objetivo para a vida interior dos antigos padres do deserto e ainda faz parte da espiritualidade eremítica).

Eucaristia Diária (Nem todos os eremitas gozam de missa e comunhão diária, quando não as tem fazem a celebração na palavra e comunhão espiritual no eremitério).

O mais importante que ocorre na vida, incorporar a Cristo em nós, oferecer a Ele nosso ser. Não faltar nunca a Santa Missa.

Ofício Divino: Unido a todo o corpo místico de Cristo, participar da redenção do mundo. Rezar todas as horas do ofício Divino, com unção, reverência e amor.

Oração contínua

Repita incessantemente a Oração de Jesus, ou pronúncia sem interrupção Seu Santo Nome; com os lábios, a mente e o coração. Que o permanecer em sua Presença seja como respirar, um ato contínuo e irrenunciável.

Multiplicar os talentos: Reconhece seu talento e ofereça-os ao serviço do Reino de Deus, devolve com abundância o que recebeu. Sirva a Igreja com devoção onde será mais útil e necessário.

Algumas considerações 

Sobre o jejum dos sentidos: Todo prazer que você permitir voluntariosamente, te será reclamado logo em forma de um hábito escravizante. Viverás atado as recordações e ao desejo dos prazeres que viveu. Porém se te negas, a medida do transcorrer do tempo, serás libertado do velho homem e te confirmarás no homem novo, vivo em Cristo. A vida e os costumes dos justos te serão naturais.

Castidade: Deves ser intransigente com a virtude da castidade, porque assim como não há ajuda maior para o crescimento espiritual que a virtude da pureza, tampouco há escravidão mais forte que a da luxúria. Seja casto a todo custo; para conseguir, invoca ao Senhor Jesus Cristo diante de qualquer tentação e considera como a falta de pureza, um olhar, um pensamento, um assunto distorcido em uma conversa. Seja rigoroso com isso e verás a recompensa em uma crescente liberdade do que domina ao mundo.

Austeridade: Coma moderadamente, sem esperar a saciedade. Não comas carne de nenhum tipo (nem todos os eremitas são vegetarianos), a carne conduz a lascívia e se opões a uma vigília atenta. Conspira contra a oração, embota a mente (Não há nenhuma comprovação científica nisso, diz Jesus que a impureza brota de dentro do coração do homem. Ver: Marcos 7,21.  Todavia o regime vegetariano é mais saudável e contribui para longevidade, mas definitivamente não é um auxílio para adquirir virtudes).

Beba apenas água em suas refeições os refrescos, ou outra bebida comum, própria do lugar aonde vives desde que não seja embriagante nem perturbe a atenção de sua consciência.

Trate de não dormir mais que seis horas e, se podes divida seu sono em dois períodos. Durma no chão, sobre alguma madeira ou um cobertor que te proteja do frio, mas que não seja macio. Abriga-te com uma manta o necessário, porém não consintas o corpo com uma comodidade excessiva. O tempo te mostrará também que dormir- vigiando sem prazer nem dor é possível e que colabora com a sustentação de uma oração incessante. Não uses nenhuma almofada ou apoie a cabeça em simples pedaço de madeira imitando os padres do deserto. 

Mantenha limpo seu corpo, tanto quanto desejas que sua mente e alma estejam. Use sempre água fria e descarte todo tipo de enfeites e mimos. Um sabão simples ao invés do sabonete perfumado será o suficiente, (Se alguém tiver saúde mais delicada deve fazer penitências mais leves, como buscar a humilhação, alegrar-se com as humilhações, pode também se privar de doces, fazer alguma coisa que não tem vontade, para se mortificar. Esperar um pouco mais de tempo antes de ir beber água para sentir a sede. Mortificar a vanglória e a vaidade, tudo atribuir a Deus. Ser paciente com as demoras de Deus na sua vida. Dentre outras práticas ascéticas, há muitos modos de mortificar-se intensamente sem causar dano à saúde).

Rejeite todo divertimento do mundo. Se te sentes entediado ou “asfixiado”, caminhe, respire fundo, mude sua leitura espiritual ou converse algo edificante com algum irmão te seja mais próximo (seu diretor ou um amigo religioso). Aplica-te algum trabalho manual ou ao serviço do próximo, porém não vejas televisão que é um verdadeiro instrumento de perdição e animalização das pessoas. Se necessitar destes meios que seja para edificação (ver um filme cristão, conferências de sacerdotes etc.) ou para evangelização (Difundir na internet conteúdos de piedade) e apenas para isso.

 

Pobreza: Não tenha apego do que usa e do que tem. Contenta-te com poucos livros, a roupa apenas o indispensável para seu trabalho e vida cotidiana, uma ou duas imagens ou ícones. Ter o necessário e suprimir o supérfluo. Vigie a “sensualidade espiritual” que te leva a possuir múltiplos objetos religiosos, que é a mesma e velha avareza, só que disfarçada. Seja pobre como foi Cristo.

Quando o Senhor falou de pobreza se referiu nos dois sentidos, material e espiritual. Vigie sobre as interpretações “convenientes” que afirmam a necessidade da pobreza espiritual, silenciando a necessidade da pobreza material. Todo aquele que tem mais do que o necessário para viver, que acumula luxos, ou mantêm bens sem colocar a serviço dos demais, não está seguindo o evangelho de Cristo. Não tome os que fazem isso como exemplo (o grau de pobreza do eremita deve estar consignado na sua regra pessoal. Aqui se trata de enriquecer a custa da miséria alheia, e não de ter o justo e o necessário para ter uma vida honesta e decente).

Lembre, o único necessário é servir a Cristo e a sua Igreja, evitar a todo custo o pecado e internalizar o ensinamento do Evangelho. Todo resto sobra ou esconde na debilidade de cada pessoa, que pode abster – se ou não de cada coisa.

Jejum da mente

Verdade: Além de seguir os mandamentos que conheces, esforça-te em não manipular a realidade segundo os seus apetites. Vigie especialmente da mentira, recurso fácil de acomodamento dos sucessos a tua particular conveniência. Não mintas nunca, ainda que seja a custa do seu prestígio. Recusa-te a responder se te vê obrigado pela consciência, porém não pratique a falsidade.

Mansidão: A ira é a porta do inferno e a maquiagem do orgulho, cuja raiz é a soberba, acorrentando a si o tentador. Não te irrites nunca. Recorda-te que a violência é o patrimônio dos débeis, de os que sem ter fundamento verdadeiro necessitam se impor de qualquer modo. 

A essência e o modo de manifestação são a mesma coisa. Passe por isso, como Senhor no meio da multidão, Confiando Nele e não em teus recursos.

Muitas vezes a ira nasce da vaidade e da prepotência, existe, porém a ira santa, como a de Jesus com os mercadores no templo, examine com atenção tua consciência, antes de exercitá-la, que não sejam  motivações egoístas te estimulando…

Humildade: Se nos examinamos um pouco será descoberto o horror da nossa miséria. Ainda em graça e em saúde espiritual; se estivermos entregues a nossa própria força, logo sucumbiremos.

Sabemos que se o Senhor não constrói a casa, em vão se esforçam os construtores (ver: Salmo 126-127).   Por isso ter ancorado na alma esta convicção e certeza nascida da consciência do pecado e da debilidade.

Não modifique a humildade. Não é humilde quem se rebaixa sem sentir isso de fato, senão quem se conhece e não se esquece que não é capaz de acrescentar um milímetro a sua estatura.”

Termina o texto original do Autor© Direitos reservados

Considerações Finais

Alguns outros pontos da perfeição Cristã segundo o Venerável Afonso Rodrígues (célebre diretor espiritual da Companhia de Jesus, escreveu o clássico livro: Exercício de Perfeição e Virtudes Cristãs em meados do século XVI a XVII inspirou muitos santos como Santo Cura D’Ars, Santo Antônio Maria Claret, Santo Afonso de Ligório, Santa Micaela do Santíssimo sacramento, dentre outros) apresento o que faz bem considerar e procurar aperfeiçoar-se pelo menos o mais interessante para vida eremítica, a saber:

* Da estima, desejo e afeição que temos que ter ao que toca o nosso aproveitamento espiritual e de algumas coisas que nos ajudarão para isso.

* Da perfeição que devemos ter nas obras ordinárias e cotidianas.

* Da retidão de intenção que haveremos de ter nas obras – Fazer tudo por Deus.

* Da prática e virtude da oração.

* Da guarda da Presença de Deus

* Do exame de consciência que devemos fazer

* Da conformidade com a vontade de Deus

* Da mortificação

* Da modéstia e do silêncio

* Da virtude da humildade

* De como lhe dar com as tentações

* Do afeto desordenado aos parentes

* Da tristeza e da alegria

* Da meditação que se deve fazer da Paixão do Senhor

* Da Santa Missa e comunhão

* Dos votos e dos principais bens que há neles

* Da observância das regras

* Da clareza que se deve ter com os superiores e diretores espirituais dando inteira conta da consciência

 Para acessar essa obra clique AQUI não sei se a obra está na íntegra ou apenas o primeiro tomo, deixo o segundo link em espanhol que possui todos os tratados):

EM ESPANHOL-Ver exercícios de perfeccion 1,2,3.

A perfeição tradicional da vida eremítica é tender sempre mais para Deus: da vida cenobítica ativa para a cenobítica contemplativa. Da vida cenobítica contemplativa para a vida semi – eremítica. Da vida semi- eremítica para vida anacorética (eremítica). Da vida anacorética para a vida anacorética e reclusa. Da vida anacorética e reclusa para a vida eterna.

Isso não se trata de um itinerário de santidade, pois a ela todos estamos obrigados em qualquer idade e estado. E sim do quanto pode uma alma com a graça de Deus trabalhar se tiver esse dom e se estiver inspirada por Deus para cada evolução, com um profundo discernimento com os diretores espirituais ou superiores se for religioso.

Desenvolvendo melhor como seria numa vocação eremítica leiga:

Da vida cenobítica ativa: empregos no mundo, família, amigos e vida social, para a vida cenobítica contemplativa: cessa o trabalho secular e vida social, mas ainda se mantêm contato com familiares, colegas e amigos. Cessa o compromisso mundano (diversões etc.).

Da vida cenobítica contemplativa para a vida semi-eremitíca: na vida semi eremítica a alma cessa os contatos excessivos e passa a aproveitar mais o tempo em solidão num eremitismo voluntário de modo parcial.

Da vida semi- eremítica para a vida eremítica: Aqui já se está na estrutura física do eremitério, e se vive já no estado de consagrada em castidade, pobreza e obediência.

Para os religiosos:

Da vida cenobítica ativa para a vida cenobítica contemplativa: Do mundo em obras de apostolado, pastorais, missão, evangelização ou de uma congregação de vida ativa. Para a vida cenobítica contemplativa aqui se trata de vida monástica em clausura.

Da vida cenobítica contemplativa para a vida anacorética: Se trata da passagem da comunidade para o eremitismo efetivo, seja num eremitério Diocesano, autônomo ou vinculado a alguma Ordem. Já vive separado em solidão e isolado o quanto for possível do mundo.

Em ambos os casos do anacoretismo para a reclusão:

O elemento principal da reclusão é delimitar a dissipação física. Fazer vida de cela. É bom ser um local pequeno, uma cota de sítio ou fazenda, ou um pequeno apartamento se for eremitismo urbano.

A reclusão pode ser total ou parcial.

Total: Não se faz saídas do eremitério (as quatro paredes da casa) jamais, nem mesmo no terreno. Há duas maneiras de manter essa vida com os sacramentos: ou se renuncia a missa e comunhão freqüente indo apenas uma vez ao ano. Ou se faz amizade com um sacerdote que celebre no eremitério. Mas no meu ponto de vista a reclusão absoluta no mundo de hoje só é viável para os eremitas sacerdotes, ou monges que tenham vida eremítica em suas ordens. Antigamente se permitiam construir quartinhos junto da Igreja para ouvir a missa, (geralmente a paróquia do diretor), mas hoje temos outra estrutura e isso dificilmente seria possível.

Quase não há comunicações externas (apenas com parentes e benfeitores sem prolongações excessivas).

Parcial: Deixar o eremitério para assistir a Santa Missa e para cumprir os direitos civis, apenas. Quando há saída, já é uma quebra de reclusão, a não ser que o eremitério seja dentro do terreno do mosteiro (se for um eremita na obediência de uma Ordem).

De qualquer modo sempre é bom recordar que ser um recluso é um dom especial do céu dado a pouquíssimas pessoas (eu mesma não sou reclusa e não sinto essa vocação). Pode também ser uma experiência provisória e depois retornar ao eremitismo comum.

O eremita pode também fazer experiência de reclusão para se aproximar um pouco dessa realidade: escolhendo alguns dias em retiro, saindo raramente para fora da casa: Para molhar as plantas, por exemplo, e depois retornar a casa. Uma experiência mais facilitada poderia ser em casas de retiro como explicado na postagem anterior.

  É sempre bom também fazer as considerações do ativo e contemplativo.

Na vida religiosa: Ativo é o que exerce o apostolado na prática. O contemplativo vive em clausura, em vida fraterna.

Na vida eremítica: Ativo é o eremita que vive em solidão, mas ainda mantêm certo contato com o mundo. Contemplativo é o recluso.

Na vida de oração: Ativo é a alma que tem muitas devoções e orações articuladas, verbais e repetitivas. Contemplativo é a alma que está na oração de quietude, mergulhada na presença de Deus, sem raciocinar e sem se esforçar para isso. Já se trata de graça mística.

 A regra de vida é um documento não apenas de ordem prática, como também uma síntese do que é a santidade que Deus pede na sua vida eremítica, e como isso irá se desenvolver, incluindo como você pretende colaborar com a graça de Deus. É importante associar-se a um carisma já existente, evitar ser original demais: “Não ande por caminhos não trilhados, pois pode perder-se na melhor direção” (Santa Teresa de Jesus, Moradas VII). Enfim: será um carisma Beneditino, Franciscano, Carmelitano, Cartusiano, Oriental?

 A Regra por mais simples que seja é o seu compromisso com Deus, a manifestação explícita da sua alma que irá se unir com Deus.

Pequenos pontinhos básicos que podem faltar numa regra:

Qual o nome do seu eremitério?

Comente sobre o seu dia, como se você estivesse explicando para quem vem te visitar.

Como serão suas vestimentas, seus trabalhos, sua oração, seus costumes…

Sem mais aqui encerra a postagem e que o Espírito Santo ilumine a cada um conforme a Vontade de Deus, e que o Nome do Senhor seja sempre Bendito.

Amen, Amen.